3 alternativas para substituir a utilização de agrotóxicos

3 alternativas para substituir a utilização de agrotóxicos

3 alternativas para substituir a utilização de agrotóxicos

No dia 3 de dezembro é comemorado o Dia Mundial sem Agrotóxicos. A data é uma referência ao grande desastre ocorrido em 1984, na Índia, quando uma fábrica de agrotóxicos explodiu. O acidente liberou gases letais, causando a morte de mais de 20 mil pessoas. O infeliz ocorrido abriu um debate em todo o mundo para que as empresas reduzam a utilização de agrotóxicos durante o plantio de produtos agrícolas.
De acordo com o G1, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo. Muito se deve ao uso dos produtos químicos em atividades agrícolas e pecuárias para controle de pragas. Vale ressaltar que as substâncias químicas dos agrotóxicos são extremamente tóxicas à saúde humana, além de causar danos ao meio ambiente. Por isso, é essencial que as empresas do agronegócio conheçam alternativas efetivas para substituir a utilização de agrotóxicos. Leia este artigo da Ética Ambiental e conheça 3 delas!

Principais formas de reduzir a utilização de agrotóxicos

Controle biológico

O controle biológico é uma das melhores alternativas à utilização de agrotóxicos na agricultura por ser um meio totalmente natural. A técnica introduz predadores, parasitas e patógenos das principais pragas presentes nas plantações. Assim, os organismos vivos inseridos no local de cultivo atacam os outros que estejam causando danos econômicos às lavouras. Sua principal vantagem é que não causa danos à lavoura ou aos inimigos naturais do alvo do controle. Logo, é uma forma mais assertiva e econômica de combater as espécies invasoras sem o uso de substâncias químicas.

Um exemplo de sucesso que podemos citar é a utilização do parasitoide Trichogramma spp para combater diferentes espécies de lagartas. O inseto é uma vespa que deposita seus ovos no corpo do seu hospedeiro, nesse caso, das lagartas. Ao eclodirem, liberam larvas que se alimentam da praga, levando-a à morte. Desse modo, as vespas apresentam grande eficiência no controle da lagarta-do-cartucho, que destrói as plantações de milho.

Agroecologia

A agroecologia é o estudo da agricultura por uma perspectiva ecológica, social, política, cultural, ambiental, energética e ética. É um dos métodos modernos mais utilizados para gerar uma produção livre de venenos e substituir a utilização de agrotóxicos. A prática visa criar um sistema de plantio sustentável que não aplica transgênicos, fertilizantes industriais e agrotóxicos nas lavouras. O conceito de agroecologia pressupõe a agricultura orgânica aliada ao emprego de tecnologias limpas para gerar cada vez menos impactos ambientais.

O objetivo da agroecologia é propor uma agricultura ambientalmente sustentável que seja economicamente eficiente e socialmente justa. O método mistura espécies e adubos naturais para manter os solos férteis em longo prazo. A alta produtividade e a conservação da biodiversidade são vantagens da agroecologia em relação à utilização de agrotóxicos. Entre os artifícios usados na agroecologia, podemos citar a compostagem, o uso de defensivos naturais, a rotação de culturas e a diversidade no plantio.

Manejo Integrado de Pragas (MIP)

O Manejo Integrado de Pragas, também conhecido como MIP, consiste em um conjunto de práticas sustentáveis para controlar as pragas nas lavouras sem necessitar da utilização de agrotóxicos. Ou seja, faz uso de consciente de recursos naturais para propor soluções sustentáveis e rentáveis de táticas de controle de espécies invasoras na agricultura. A grande vantagem dessa técnica é a preservação ambiental causada por suas ações ecologicamente corretas.

Com a utilização do MIP, os insetos continuam nas lavouras, porém não oferecem riscos de danos econômicos à produção. Para isso, é necessário que haja acompanhamento constante da quantidade de população da espécie invasora na lavoura.

É possível integrar várias técnicas diferentes do MIP para chegar a uma maior eficácia no controle de pragas. Por exemplo, os mecanismos mais utilizados são a rotação de cultura, o tratamento de sementes e o monitoramento das pragas, doenças e inimigos naturais. O controle biológico, citado anteriormente, também faz parte das táticas assertivas. O Manejo Integrado de Pragas proporciona maior segurança ambiental na produção e oferece economia no uso reduzido de agrotóxicos.

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