Desde o início de 2020, o Rio de Janeiro sofre com a qualidade da água fornecida pela Companhia Estadual de Água e Esgoto (CEDAE). Moradores de diversos bairros da capital e de várias outras cidades do estado relataram problemas referentes à coloração, odor e sabor da água que chega nas torneiras das suas residências. Isso foi suficiente para instaurar uma verdadeira crise de água em todo o RJ, com direito à escassez da substância no estado mineral em supermercados, e pessoas passando mal após consumo. Entenda mais sobre esse assunto, a seguir.
O que se sabe até agora sobre a crise de água no RJ
O problema inicial
Inicialmente, a principal reclamação dos moradores era água turva e com coloração próxima a barro. Porém, também existem relatos e reclamações relacionados ao sabor de terra e ao forte cheiro. Pronto! A crise de água no RJ foi instaurada.
Segundo especialistas, as alterações foram provocadas pela presença de geosmina na água. Trata-se de uma substância natural produzida por algas, muito alimentada por matéria orgânica, como esgotos. Ela sofre uma grande incidência na sua proliferação por altas temperaturas — justamente a situação que o Rio de Janeiro está vivendo devido ao verão.
A CEDAE vinha afirmando reiteradas vezes que não há relações entre a presença da geosmina e a saúde pública. No entanto, foi constatado que grande parte da população carioca procurou unidades de saúde relatando náuseas, enjoos e diarreias.
Alcance da crise
Até o momento, a crise de água atingiu 69 bairros da capital do Rio de Janeiro e outras 6 cidades da Baixada Fluminense. São elas: Belford Roxo, Duque de Caxias, Queimados, Nilópolis, Nova Iguaçu e São João de Meriti.
Alta procura por água mineral
As autoridades do Rio de Janeiro demoraram para se posicionar sobre o problema e explicar as possíveis causas e soluções. Diversos mercados da Zona Sul e da Zona Norte da cidade registraram prateleiras de água mineral completamente vazias. Até mesmo depósitos de água ficaram sem estoque devido à alta demanda por água tratada de qualidade.
Cuidados com a água da torneira
Os especialistas que estudam o tema alertam que, enquanto as substâncias causadoras do problema não forem descartadas definitivamente durante a crise de água no RJ, é preciso tomar alguns cuidados. Por exemplo, a água precisa ser filtrada e fervida em todas as situações. Isso vale não só para quando for bebê-la, como também para lavar o rosto, cozinhar e escovar os dentes. A filtragem deve ser feita com carvão ativado.
Rio Guandu
O sistema que abastece o município do Rio de Janeiro e outras cidades que vivem a crise de água é o do Rio Guandu. Esse é um dos mais antigos em termos de maquinário, segundo a própria CEDAE. Recentemente, o chefe dessa estação de tratamento de água foi exonerado, embora a companhia garanta que ele ainda faz parte da equipe colaboradora.
Foi constatado por equipes de reportagem da Rede Globo que o Rio Guandu apresenta uma grande quantidade de esgoto em sua água, o que justifica a proliferação de geosmina.
Solução
Para reverter o problema e solucionar a crise de água, a CEDAE encomendou um equipamento de São Paulo para fazer uma filtragem com carvão ativado. No dia 19 de Janeiro, a Companhia recebeu a última peça do maquinário para iniciar a pulverização e o combate à geosmina. Até o dia 21 de janeiro, a CEDAE não tinha previsão exata para normalização da situação da água.
A crise de água no Rio de Janeiro nos mostrou o quanto a consultoria ambiental é primordial dentro de grandes indústrias. Com consultores especializados, é possível impedir que empresas e indústrias despejem esgotos em rios como o Guandu. E também pôr em prática um trabalho de educação ambiental, para a população entender os malefícios do descarte incorreto.
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